Quero continuar estando ali disponível para continuar registrando outros momentos importantes dessas famílias. O mais engraçado é que muitas pessoas não estão acostumadas com isso, até já ouvi algumas vezes famílias que tenho acompanhado o crescimento da família (só ele que fotógrafa vocês). Penso que o resultado final depende totalmente desse relacionamento, principalmente as crianças: elas não gostam de ser obrigadas a tirar fotos, elas querem brincar e eu busco ser amigo, brincar com elas, e só pego a câmera quando vejo que já existe uma sintonia.
E sempre que tinha um aniversário, ou qualquer outro evento da família eu estava lá, as crianças já vinham correndo para me abraçar e eu sempre bagunçando com eles. Isso torna uma experiência mais gostosa para todo, porque todos ficam mais a vontade, e o resultado final que são as fotografias acaba ficando algo mais gostoso, parece que as imagens ganham vida.
E foram chegando novas crianças na família.
Duas semanas atrás eu estive com a família toda reunida, dessa vez as mulheres da família e os netos da vovó Dorinha. Mesmo ficando com eles por pouco mais de uma hora o sentimento era incrível, ficava vendo os netos com a avó falando da família olhando as fotografias do passado e passava um filme.
Fiquei imaginando essas imagens daqui a 30 anos, os netos contando para seus filhos e olhando as fotos que eu fiz. Não é apenas o ato de fotografar, mas de relacionar, de querer estar com essas pessoas, fazer parte desses momentos é um sentimento de gratidão.